Esportes
RBR alertou comissários para risco de rivais provocarem Verstappen
Holandês entrou na pista no GP do Canadá deste domingo a apenas um ponto de ser suspenso por uma prova
– Era inevitável que houvesse algum tipo de jogo em potencial. Foi algo que discutimos com o diretor de prova após a reunião com os pilotos, para que eles também estivessem cientes disso, porque é claro que esse tipo de coisa acontece. Nós apenas dissemos a eles: “Olha, será que podem ficar de olho nisso? Porque obviamente houve comentários que surgiram na mídia. Por favor, fiquem de olho nisso” – explicou Horner.
Quis Montreal que quem dividisse a primeira fila no grid de largada de domingo fosse justamente Russell, na pole, e Verstappen, em segundo lugar. Nas redes sociais, não faltaram memes com a possibilidade de que os dois pudessem se enfrentar ou até chegar a colidir, e o próprio inglês da Mercedes alfinetou o rival ao lembrar que tinha menos pontos na superlicença.
No entanto, a largada foi o oposto do esperado: Russell seguiu à frente, tranquilo, durante toda a corrida. Já Verstappen teve que trabalhar para evitar que o terceiro colocado, Andrea Kimi Antonelli, se aproximasse dele – o que quase aconteceu após a segunda janela de pit stops.
– Max, na minha opinião, jogou limpo durante todo o fim de semana e fez uma corrida muito boa – avaliou Horner.
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Christian Horner, chefe da RBR, durante o GP do Canadá da F1 em 2025 — Foto: Meg Oliphant/Getty Images
Safety car termina em protesto e espera de quase 4h
No fim das contas, Russell e Verstappen teriam sim, um pequeno entrevero. Mas, sem sequer haver contato entre eles: na penúltima volta da corrida, ainda sob o safety car acionado no 67º giro pela batida de Lando Norris, a dupla deixou os boxes após um terceiro pit stop.
O inglês da Mercedes, na liderança, estava andando muito perto do carro de segurança até que desacelerou de forma repentina à frente do holandês. Max quase avançou em relação à posição do rival na pista, mas recuou.
– George simplesmente freou de forma agressiva – queixou-se o tetracampeão pelo rádio do time.
Russell estava perto da traseira do safety car antes de reduzir a velocidade. Após o fato, reclamou pelo rádio da equipe:
– Verstappen acabou de me ultrapassar sob safety car.
Após a corrida, a RBR protocolou um protesto contra o resultado da prova. Por volta das 17h50 locais (18h50 no horário de Brasília, quase 1h30 depois da bandeirada), Verstappen e Russell foram acompanhados em uma reunião com os comissários da F1 por Stephen Knowles, estrategista sênior da RBR; Gianpiero Lambiase, engenheiro de Max; Ron Meadows, diretor esportivo da Mercedes, e Andrew Shovlin, diretor de engenharia de pista do time alemão.
George Russell e Max Verstappen deixam a sala dos comissários após o GP do Canadá da F1 em 2025 — Foto: Clive Rose/Getty Images
Segundo o documento publicado pela Federação Internacional do Automobilismo (FIA), a RBR se queixou do fato de Russell ter “freado desnecessariamente e de forma errática atrás do safety car” na penúltima volta da corrida, supostamente ferindo o Artigo 12.2.1m do Código Internacional do Esporte ao utilizar o fato para acusar Verstappen de ultrapassá-lo sob bandeira amarela.
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George Russell e Max Verstappen deixam a sala dos comissários após o GP do Canadá da F1 em 2025 — Foto: Clive Rose/Getty Images
Segundo o documento publicado pela Federação Internacional do Automobilismo (FIA), a RBR se queixou do fato de Russell ter “freado desnecessariamente e de forma errática atrás do safety car” na penúltima volta da corrida, supostamente ferindo o Artigo 12.2.1m do Código Internacional do Esporte ao utilizar o fato para acusar Verstappen de ultrapassá-lo sob bandeira amarela.
O trecho proíbe “qualquer infração dos princípios de justiça na competição, comportamento antidesportivo ou tentativa de influenciar o resultado de uma Competição de forma contrária à ética esportiva”.
O encontro durou cerca de 45 minutos, mas o resultado só foi divulgado às 22h10 (no fuso horário brasileiro). O protesto foi negado e a vitória de George, mantida.
– Max estava conversando com vocês (imprensa) e não fazia ideia (do protesto). O competidor tem o direito de apresentar um protesto. São 2.000 euros por ação, mas ficamos surpresos que nada tenha sido registrado e enviado aos comissários. Portanto, como competidor, você tem o direito de fazer isso, e foi o que decidimos fazer – justificou Horner.
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Max Verstappen e George Russell no pódio do GP do Canadá da F1 em 2025 — Foto: Mark Sutton – Formula 1/Formula 1 via Getty Images
A FIA acatou a defesa da Mercedes, que além de apresentar a telemetria dos dois pilotos para reforçar os padrões de aceleração e frenagem, justificou que Russell tentou sinalizar ao safety car para nadar mais rápido, freou para aumentar a distância em relação ao veículo e o fez apenas ao confirmar que Verstappen estava ao seu lado.
A FIA acatou a defesa da Mercedes, que além de apresentar a telemetria dos dois pilotos para reforçar os padrões de aceleração e frenagem, justificou que Russell tentou sinalizar ao safety car para nadar mais rápido, freou para aumentar a distância em relação ao veículo e o fez apenas ao confirmar que Verstappen estava ao seu lado.
