O termo “bebê reborn” registrou um crescimento expressivo nas buscas realizadas no Google Brasil nas últimas semanas, superando palavras-chave consolidadas como “dinheiro”, “café” e até mesmo o nome do jogador Neymar. O fenômeno digital reflete uma tendência mais ampla: o avanço do mercado de bonecos hiper-realistas e o aumento de seu apelo junto a diversos públicos.
De acordo com dados da plataforma Google Trends, o volume de pesquisas relacionadas ao termo atingiu seu ponto mais alto recentemente, surpreendendo até mesmo especialistas em comportamento digital. O que começou como um nicho voltado ao colecionismo e ao artesanato, hoje alcança diferentes perfis de consumidores, inclusive adultos, consolidando o bebê reborn como um item com múltiplas funções – de objeto lúdico a instrumento terapêutico.
Apelo emocional impulsiona popularidade
Produzidos com técnicas sofisticadas de pintura, escultura e montagem, os bonecos reborn se destacam pelo nível de realismo, muitas vezes confundido com o de recém-nascidos reais. Essa aparência fiel é frequentemente associada a benefícios emocionais. Nas redes sociais, usuários relatam que os bonecos ajudam a amenizar quadros de ansiedade, depressão e luto.
Depoimentos emocionais são comuns nas plataformas digitais: “É como ter um pedacinho do meu filho de volta”, escreveu uma internauta em referência à sua experiência com o brinquedo. Influenciadores digitais também contribuíram para o aumento do interesse ao compartilhar vídeos de suas rotinas com os bonecos, incluindo atividades como troca de roupas, passeios e simulações de amamentação.
Expansão do setor estimula empreendedorismo
A crescente demanda por bonecos reborn impactou diretamente o setor de brinquedos e colecionáveis no Brasil. Pequenos empreendedores e artesãos especializados têm aproveitado a oportunidade, oferecendo modelos personalizados com preços que podem ultrapassar os R$ 2 mil. O valor varia conforme o nível de detalhamento, os materiais utilizados e os mecanismos incorporados — há exemplares que simulam batimentos cardíacos ou movimentos respiratórios.
Marketplaces e lojas virtuais passaram a dar maior visibilidade ao produto, com catálogos que vão desde kits básicos para iniciantes até bonecos premium com tecnologia avançada. O Brasil, atualmente, figura entre os principais mercados consumidores do segmento, com presença crescente em feiras, eventos temáticos e grupos de colecionadores.
Tendência com força no digital e no físico
O crescimento exponencial do interesse por bonecos reborn reflete mudanças culturais e comportamentais, impulsionadas pelo consumo digital, mas com forte repercussão no mundo físico. O que se observa é um movimento que combina o apelo estético, a funcionalidade emocional e uma nova forma de interação com brinquedos e objetos de afeto.
Ao que tudo indica, a ascensão do bebê reborn está longe de ser passageira. Especialistas do setor avaliam que a tendência deve se manter em alta, impulsionada por novas tecnologias, personalização e uma relação cada vez mais afetiva entre consumidores e seus bonecos.