A cantora Anitta, de 32 anos, voltou a usar sua visibilidade para defender causas socioambientais. Em uma série de publicações no Instagram, a artista criticou propostas que estão em discussão no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal (STF), que podem flexibilizar a exploração de terras indígenas por meio de atividades como mineração, garimpo e grandes empreendimentos. Com informações da IstoÉ Gente
Em um dos trechos mais incisivos de sua manifestação, Anitta alertou para as consequências da crise climática no dia a dia dos brasileiros. “A conta de luz e de água já está mais cara. Já reparou? É inundação para um lado, secas e queimadas descontroladas para o outro. Desse jeito, daqui a pouco a comida vai virar artigo de luxo”, escreveu.
A artista também destacou a importância dos povos indígenas na preservação ambiental e criticou as ameaças que essas comunidades vêm sofrendo. “Agora ameaçam quem ainda garante que a situação não piore, aqueles que deveríamos reconhecer e apoiar por um presente e um futuro melhores! Sim, é deles que estamos falando: dos povos e terras indígenas.”
Anitta mencionou diretamente os projetos que buscam autorizar atividades como mineração, garimpo e construção de hidrelétricas em territórios indígenas, além de alertar para o risco de paralisação das demarcações de terras. Ela integra a campanha “Brasil Indígena, Terra Demarcada”, que reúne ativistas e organizações em defesa dos direitos dos povos originários.
O posicionamento da cantora ocorre em um momento de debate acalorado no STF sobre o Marco Temporal — tese jurídica que propõe limitar as demarcações a terras ocupadas por indígenas até 1988. Ambientalistas e lideranças indígenas alertam que a medida pode aumentar o desmatamento e os conflitos fundiários no país.