Economia
Tarifaço é novo desafio para o consumo interno da China, que patina há duas décadas
Desde 2007, gigante asiático tenta tornar o consumo da população um importante motor para o crescimento econômico — o que ainda não aconteceu. Especialistas afirmam que processo é lento, e desafios nos últimos anos impediram avanços nesse sentido.
A guerra tarifária entre os Estados Unidos e a China representa um novo obstáculo para o consumo interno do gigante asiático. Na mais recente escalada do atrito, os chineses anunciaram tarifas de 125% sobre produtos norte-americanos, em resposta às taxas de 145% já impostas pelos EUA.
Desde 2007, a China adota uma série de políticas para incentivar o consumo da população. O objetivo é tornar o mercado interno um importante motor de crescimento econômico, justamente para evitar choques externos.
Os planos, no entanto, não tiveram muito sucesso até agora. Dados oficiais mostram que o consumo total dos lares representa menos de 40% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, cerca de 20 pontos percentuais (p.p.) abaixo da média mundial.
Para especialistas ouvidos pelo g1, o tarifaço promovido por Donald Trump — que resultou na recente escalada de taxas entre os países — deverá dificultar ainda mais o cenário, indo na contramão do que busca Pequim, que já vinha enfrentando baixos índices após da pandemia de Covid-19.
