A Íntegra da coluna redigida por Herbert Lins
Mariana pode se tornar a primeira prefeita eleita da história de Porto Velho
A decisão de voto é um fenômeno complexo e pode responder a causas múltiplas. O voto, segundo Paul Lazarsfeld et all (The people’s choice. New York: Columbia University Press, 1948), é “essencialmente como uma experiência de grupo. As pessoas que vivem juntas e em mesmas condições externas teriam inclinação a desenvolver similares necessidades, interesses, experiências, visões e interpretações de mundo. Por isso, votam não apenas com o seu grupo social, mas pelo grupo”. Para a Geografia Eleitoral, numa competição eleitoral acirrada, as relações pessoais e as estratégias de grupo na reta final são mais decisivas para a escolha do candidato do que as mensagens veiculadas através dos meios de comunicação. Neste caso, as relações interpessoais oferecem vantagens psicológicas aos indivíduos mediante o poder de persuasão de cada integrante do grupo para virar o voto para o seu candidato. Principalmente quando o adversário não conta com o voto raiz e consolidado. Há quem considere que as mensagens veiculadas nos meios de comunicação, o último debate e as mídias sociais verdadeiras ou mentirosas – fake news, podem influenciar na formação de opinião e alterar o resultado eleitoral. Contudo, repito, o que vale numa eleição competitiva é a articulação do grupo e estratégias eleitorais para persuadir o eleitor a votar e garantir a vitória do grupo nas urnas no dia da eleição, ou seja, buscar voto a voto.