O Ministério Público de Rondônia (MPRO) obteve na última quarta-feira (7/8), no Tribunal do Júri, a condenação de dois réus pelo crime de homicídio qualificado de um homem, em Candeias do Jamari, no ano passado. O caso chocou o Município, em razão de a vítima ter sido amarrada e lançada no rio, ainda viva, o que causou sua morte. Os acusados A. S. e S. M. foram sentenciados, respectivamente, a 20 anos e 18 anos de reclusão.
O julgamento, realizado em Porto Velho, teve a atuação do Promotor de Justiça Marcus Alexandre de Oliveira Rodrigues.
Conforme o MP, em julho de 2021, policiais civis da Delegacia de Candeias do Jamari foram chamados por populares a comparecer embaixo da ponte do Rio Candeias, localizada na BR-364, entre Porto Velho (RO) e Candeias do Jamari, após pescadores terem avistado um cadáver no local.
O corpo, encontrado às margens do rio, estava com as mãos e pés amarrados para trás. Segundo a perícia, a vítima foi morta por asfixia decorrente de afogamento. Não havia marcas de perfurações de faca ou tiros. O crime ocorreu porque a vítima estava cobrando uma dívida, no valor de 120 reais, do réu A. S.
Acatando os argumentos do Ministério Público, os jurados afastaram todas as teses defensivas e reconheceram as qualificadoras de motivo torpe (motivação repugnante), meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e dissimulação.
O Júri foi acompanhado por familiares do jovem morto, incluindo sua mãe, que foi ouvida no julgamento. Em depoimento, emocionada, afirmou ter perdido seu único filho.