Superlotação, insuficiência de profissionais para atendimentos, problemas sistêmicos na rede de saúde e questões sociais que impactam diretamente na operação e eficiência da unidade.
Esses problemas foram encontrados pelo Tribunal de Contas (TCE-RO), em uma fiscalização surpresa no Pronto-Socorro João Paulo II, o maior hospital público do estado.
A ação foi realizada na tarde deste sábado (27/7). A vistoria da equipe de auditores ocorreu após denúncia feita ao TCE, em razão de superlotação.
O órgão tem feito fiscalizações permanentes nas unidades de saúde da capital e do interior, para induzir ações de melhoria no atendimento dos serviços de saúde à população.
O QUE FOI CONSTATADO
Na ação, o Tribunal constatou, em relação à demanda, grande quantidade de pacientes aguardando transferência para o Hospital de Base Ary Pinheiro para a realização de cirurgia ortopédica (quadril e fêmur, principalmente).
Foi observado que, novamente, há pessoas sendo atendidas nos corredores do hospital.
E muitos pacientes ainda ingressam no hospital sem que ocorra a devida regulação. Muitos desses casos chegam ao hospital, provenientes dos estados de Roraima, Acre e Amazonas, além da Bolívia e até Venezuela.
Outro ponto destacado pelo TCE foram os problemas sistêmicos envolvendo unidades básicas de saúde (UBS), unidades de pronto atendimento (UPA) e o próprio Hospital João Paulo II.
Assim, atendimentos que poderiam ser feitos em UBS (casos clínicos, ou seja, que não são de urgência) vêm para o João Paulo, já que lá são atendidos. Necessitaria de uma articulação município/estado para solucionar essa questão.
Foi percebido pela equipe do TCE que, diante da superlotação, a equipe de enfermagem no plantão estava sobrecarregada, com o quantitativo de pacientes a serem atendidos.
RELATÓRIO
Em razão dos problemas levantados, o TCE, no relatório encaminhado à gestão estadual, destaca a importância de que sejam efetivadas medidas imediatas para atacar essas questões e garantir que os cidadãos tenham acesso a serviços de saúde de qualidade e adequados às suas necessidades.
Nesse aspecto, a colaboração e o comprometimento da gestão são fundamentais e estão em alinhamento com a forma de atuação do TCE-RO, identificando problemas e buscando solucioná-los de modo efetivo e ágil, por meio do diálogo e da cooperação.