Presidente da Casa pretende pautar matérias voltadas ao setor antes de participar de evento climático, em Dubai
O deputado pretende pautar cinco projetos da área ambiental, como a regulamentação do mercado de carbono; o “combustível do futuro”, que trata da sustentabilidade no setor de transportes; o Programa de Aceleração de Transição Energética (Paten); e os marcos legais das usinas eólicas e da exploração de hidrogênio de baixo carbono.
O esforço concentrado não tem acelerado a pauta. Uma sessão do Congresso com análise dos vetos de Lula foi suspensa semana passada e, por isso, não foi votado o marco temporal das terras indígenas. A falta de consenso sobre a pauta adiou a sessão.
Se houver reunião do Congresso, o marco temporal pode ser derrubado pela bancada ruralista, que, no papel, conta com 303 deputados e 50 senadores. Deputados que apoiam a causa ambiental, caso de Chico Alencar (RJ) e Célia Xakriabá (MG), ambos do Psol, afirmam existir acordo para análise desse veto após a COP28. “Há uma clara tentativa de greenwashing pré-COP28 e o acordo gira em torno de votar essa tão polêmica e ofensiva matéria dos vetos após o retorno da conferência”, disseram os dois por nota.
Para Alencar, a intenção de Lira com o esforço é chegar na COP28 com uma agenda verde para exibir. “A não apreciação dos vetos do marco temporal, na nossa opinião, pode fazer parte dessa estratégia, apesar da pressão da bancada ruralista para votar logo, com ou sem COP”, disse.
Fonte: CorreioBraziliense