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Marcos Rocha fica em Israel e cede vaga para doentes e ansiosos

Marcos Rocha faz parte do grupo de políticos brasileiros que continuam no território israelense em meio ao conflito com o Irã; governador foi a Tel Aviv para participar de uma feira de tecnologia no começo de junho

ISRAEL – O governador de Rondônia, Coronel Marcos Rocha (União), relatou à CNN nesta segunda-feira (16), sobre a tensão nos últimos dias em que está em Israel em meio aos ataques do Irã. Ele chegou a afirmar que está protegido, mas que é uma experiência que “nunca iria esquecer”.

“É bom que se diga, que nós estamos protegidos. Existem os bunkers, os locais de maior proteção. A gente aqui escuta as sirenes e os avisos sonoros para que se vá para os abrigos. A gente escuta sim os estrondos das explosões”, disse.

Junto com uma comitiva de autoridades e políticos, o governador viajou a Tel Aviv para participar de uma feira de tecnologia e está no país desde o dia 9 de junho.

“Quando chegamos aqui tivemos muitas agendas, buscando soluções e tecnologia. Israel é um modelo de tecnologia, que é importante para que os estados possam ter conhecimento para ter segurança, e de repente começaram a surgir essas questões. Quando houve o primeiro momento solicitando que todos fossem para abrigos, não deu tempo de pensar, não deu tempo de fazer outra coisa a não ser cuidar da equipe.”

Nesta manhã, um grupo de políticos brasileiros saíram do país pela fronteira com a Jordânia, mas Rocha faz parte do outro grupo que permaneceu em Israel.

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“Particularmente eu optei por deixar aqueles que estão mais ansiosos, ou que precisam de medicamentos que não conseguem comprar aqui ou que precisam de algum tratamento especializado, que possam ir na frente. Isso foi trabalhado pela embaixada de Israel, por isso que eu estou aqui”, explicou.

Na madrugada do sábado (14), Israel lançou uma nova onda de ataques aéreos contra 150 alvos em todo o Irã. A noite, os iranianos dispararam uma “chuva de mísseis” contra o território israelense que atingiu alvos militares em diversos locais, incluindo Jerusalém e Tel Aviv.

Em meio ao conflito, o governador brasileiro explicou como funciona a saída das pessoas para os abrigos.

“É uma coisa que eu poderia falar para dar esse conhecimento a todos. Quando a sirene começa a tocar, imediatamente todos vão para o abrigo. Coisa de 40 e poucos segundos, um minuto, para que você esteja abrigado. Primeiro você recebe a informação de que você tem que estar próximo a um abrigo e depois você recebe uma outra informação para que você esteja no abrigo. Lá dentro não demora muito tempo que você comece a ouvir as explosões. Quando o ataque acaba, você ainda tem que aguardar algum tempo até que as autoridades identifiquem para que as pessoas possam sair dos abrigos, é assim que tem acontecido”, disse.

Atualmente, o grupo se encontra em bunkers – construção usada para manter cidadãos salvos de ataques.

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“Essa noite, foi uma noite intensa, espero que saibam disso. Escutamos as explosões e soubemos depois de tudo que aconteceu. É uma situação de guerra, viemos aqui em busca de tecnologia[…] Infelizmente fomos surpreendidos com essa situação”, concluiu.

Ao ser perguntado sobre a expectativa de retirada dos demais para a saída de Israel, Rocha explicou que não tem conversado diretamente com o governo brasileiro.

“Eu não tenho conversado diretamente com o governo federal. Esse diálogo tem sido feito do governo federal – é o que eu acredito – com as embaixadas. Então, o que eu sei é que eles estão trabalhando na evacuação”, finalizou.

Em uma nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores, na tarde desta segunda-feira (16), o governo afirmou que vem acompanhando “com atenção a situação de seus nacionais que se encontram em Israel” e que para as “demais 27 autoridades convidadas que permanecem em Israel, o governo israelense apresentou proposta similar de evacuação por terra até a Jordânia nos próximos dias, para que, conforme a disponibilidade, embarquem em voos comerciais jordanianos de retorno ao Brasil”.

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