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Análise: Vasco não toma conhecimento do São Paulo e joga como mandante no Morumbis ao estilo de Diniz

Fernando Diniz teve onze dias para treinar o Vasco durante a Data Fifa. Se com outros treinadores o tempo de treinamento não parecia surtir efeito, não se pode dizer o mesmo com o técnico vascaíno. Com os mesmos jogadores que perderam para o Bragantino na última rodada, Diniz fez o Vasco jogar como mandante no Morumbi e atropelar o São Paulo na vitória por 3 a 1 nesta quinta-feira.

A primeira vitória vascaína longe de São Januário no Brasileirão teve as credenciais do técnico. O começo do jogo foi tímido das duas partes, mas depois da arrancada de Rayan aos 25 minutos, a equipe carioca entrou de vez no jogo e poderia ter goleado o São Paulo ainda no primeiro tempo.

Atropelo no embalo de Rayan

O gol construído desde a saída de bola abriu a porta para um Vasco que jogou com coragem e querendo a vitória — com as credenciais de Diniz. Hugo Moura entrou na linha dos zagueiros para fazer a saída e gerar superioridade numérica. Paulo Henrique saiu da lateral e entrou no meio, como um volante. Com um toque de calcanhar, o lateral tirou toda a defesa tricolor de rumo e deixou o lado do campo todo aberto para Rayan arrancar e parar apenas dentro do gol.

O atacante é outro jogador com o novo técnico do clube. Finalmente, o torcedor do Vasco vê o Rayan das arrancadas no profissional — algo que era comum para quem via o Sub-17 e Sub-20 do clube, além das atuações pelas seleções de base do Brasil.

Mas a maior mudança de Rayan com Diniz é a confiança — com e sem a bola. O atacante se sente mais confortável para arrancar e dar chutes de fora da área, mas mostra mais compromisso quando tem que defender e marcar alto. Depois de uma bela jogada pela esquerda, na qual o Vasco acumulou Freitas, Piton, Coutinho e Nuno Moreira no setor, Rayan recebeu sozinho para finalizar. Ele chutou em cima da marcação, mas insistiu na jogada duas vezes, ganhou no corpo e finalizou de novo. Na sobra, gol de Nuno para ampliar a vitória vascaína.

Depois disso, o protagonismo da partida se dividiu entre Rayan e Philippe Coutinho. Aniversariante do dia, o camisa 11 fez jus ao apelido de “Pequeno Mágico” e foi muito importante para o Vasco no jogo. Em um lance aos 43, passou por quatro defensores do São Paulo e ligou para Vegetti, criando uma chance que Paulo Henrique desperdiçou.

Segundo tempo maduro e sem sustos

O Vasco tem dois problemas crônicos em 2025: as atuações ruins fora de casa e a queda de desempenho no segundo tempo. Nada disso aconteceu no Morumbis. A equipe de Diniz foi muito madura para jogar com a vantagem e manteve a intensidade até o fim. As trocas de Zubeldia não surtiram efeito, e o time carioca seguiu mandando no jogo.

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Coutinho levou perigo em cobrança de falta aos 10 minutos da etapa final. Aos 23, um lance que sintetiza a mudança de postura do Vasco na partida contra o São Paulo. Mesmo com 2 a 0 no placar, fora de casa, num estádio onde o clube não ganhava desde 2012, a equipe de Diniz subiu a marcação e obrigou o goleiro Rafael a errar. Tchê Tchê interceptou passe no meio, tocou em Paulo Henrique, que cruzou bem para Vegetti fazer o terceiro gol.

Vegetti e Coutinho em São Paulo x Vasco pelo Brasileirão 2025 — Foto: Matheus Lima | Vasco da Gama

Fonte: ge
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