Esportes

Príncipe da Arábia Saudita não descarta comprar equipe na F1: “Por que não?”

A Arábia Saudita abre as portas para receber a F1 pela quinta vez em sua história, neste fim de semana, com o grande prêmio sediado no Circuito de Jeddah-Corniche. Mas o país não esconde a pretensão de aprofundar seus laços com o esporte, concebendo a possibilidade de, um dia, comprar uma equipe no grid da categoria. É o que diz o príncipe Faisal Bin Khalid Bin Sultan, que preside a Federação Saudita de Automóveis e Motocicletas.

– É preciso saber exatamente qual equipe comprar, com quem fazer parceria e quem administrará isso. A decisão é muito difícil. Mas temos muito interesse; estamos sediando a Fórmula 1, patrocinando equipes. Portanto, não me surpreenderia se houvesse um anúncio de uma equipe saudita e, pessoalmente, eu gostaria de ver uma equipe saudita. Mas eu gostaria que fizessem isso da maneira certa e fossem bem-sucedidos. É uma pergunta complicada, mas por que não? – revelou o dinasta.

O GP da Arábia Saudita chegou à F1 em 2021 sob fortes críticas em torno das acusações de violações dos direitos humanos no país, e de tentativas de “sportwashing” – termo utilizado para se referir ao ato de usar o esporte para “limpar” a imagem de uma comunidade.

Largada do GP da Arábia Saudita de F1 em 2024 — Foto: Rudy Carezzevoli/Getty Images

– Vemos que a Fórmula 1 está chegando a novos mercados, as vendas estão aumentando globalmente e vimos a parceria com a Aramco (estatal petrolífera) e a Aston Martin. Todas as direções dizem que talvez em breve a Arábia Saudita possa (comprar uma equipe) se vir que é viável, se fizer sentido. Por que não? Quero dizer, ninguém não gosta de ganhar dinheiro – justificou o príncipe.

Em 2022, a Aston Martin passou a ser patrocinada pela estatal petrolífera do país, que aumentou sua participação no grupo da montadora em 2023. Na última temporada, o time também fechou com uma mineradora mantida pelo governo saudita.

O grande prêmio em Jeddah seguiu se consolidando e dando continuidade a uma presença maior de etapas no Golfo Pérsico, como o Catar. Chegou a ser palco de um episódio polêmico, quando também em 2022, um atentado terrorista provocou explosões a poucos metros da pista. A questão preocupou os pilotos do grid, na época, que se reuniram com a categoria para debater o prosseguimento da etapa.

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Vista aérea do Circuito de Jeddah, palco do GP da Arábia Saudita da F1 — Foto: Getty Images / Red Bull Content Pool

No momento, o grid da F1 é composto por dez equipes, número que será estendido para 11 no ano que vem com a chegada da americana GM. O príncipe Faisal bin Khalid vê a lacuna como uma oportunidade futura para o país:

– Tem um espaço disponível. Há apenas 11 das 12 equipes (autorizadas pelo Pacto da Concórdia, firmado pelos times com a Federação Internacional do Automobilismo) e eventualmente uma ou duas que poderiam estar à venda no futuro. Quero dizer, isso pode acontecer.

A Fórmula 1 retorna já no próximo fim de semana, em 20 de abril, com o GP da Arábia Saudita. A etapa é válida como a quinta da temporada; confira o calendário.

Fonte: ge

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