Gilberto Silva recorda Real Madrid x Arsenal na Champions de 2006: “Quem não gosta está no esporte errado”

Essa será a segunda vez na história que Real Madrid e Arsenal se enfrentam em competições oficiais. A primeira delas foi nas oitavas de final da Champions League da temporada 2005/2006.

Você pode acompanhar o jogo desta terça ao vivo no Tempo Real do ge.

Os ingleses chegavam como líderes do Grupo B na fase de grupos, enquanto a equipe espanhola se classificou como segunda colocada do Grupo F. A escalação completa do jogo era:

Real Madrid: Casillas, Cicinho, Sergio Ramos, Woodgate, Roberto Carlos, Gravesen, Beckham, Guti, Zidane, Robinho e Ronaldo. Técnico: López Caro.

Real Madrid tinha Robert Carlos, David Beckham e Zinedine Zidane na temporada 05/06 — Foto: Richard Heathcote/Getty Images

Os dois times começaram o jogo levando perigo, mas sem conseguir tirar o zero do placar. Até que Fàbregas tocou para o capitão Henry no meio campo aos dois minutos do segundo tempo, e o francês fez uma jogada individual até a área para marcar o gol que calou o Bernabéu.

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Thierry Henry comemora o gol da classificação do Arsenal sobre o Real Madrid na Champions de 2006 — Foto: Richard Heathcote/Getty Images

Gilberto Silva e companhia pegaram a Juventus nas quartas de final e garantiram a vaga com 2 a 0 no placar agregado. Passaram pelo Villarreal nas semis (1 a 0 na soma dos dois jogos) e foram em busca do troféu contra o Barcelona de Ronaldinho Gaúcho, Deco, Edmílson e Samuel Eto’o.

Dois times que estavam invictos na competição e que disputariam a decisão em jogo único no Stade de France, em Paris.

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O confronto final começou quente. O goleiro do Arsenal, o alemão Jens Lehmann, se tornou o primeiro jogador a ser expulso em uma final da Champions, ao derrubar Eto’o quase na entrada da grande área antes dos 20 minutos de jogo.

Campbell colocou o time de Gilberto na frente ainda antes do intervalo, mas Eto’o e Belletti viraram no segundo tempo e deram o título ao Barça.

Dói até hoje. É muito difícil chegar a uma final de Champions, é como na Copa do Mundo, de repente é uma única oportunidade na vida. Como foi o meu caso, uma vez só e nunca mais. Enfrentar o Barcelona naquela época e ainda com dez jogadores era quase que impossível. Fica uma lição de superação muito grande, boas imagens, obviamente, mas é uma dor inconsolável

A frustação de Gilberto é principalmente por ter ficado tão perto de conquistar uma da únicas taças que não tem no currículo. Ídolo por onde passou, ele trouxe o pentacampeonato para o Brasil na Copa de 2002, venceu a Copa América, a Libertadores com o Atlético-MG e levantou os troféus da Copa, Supercopa e do Campeonato da Inglaterra com o Arsenal, mas não conseguiu ganhar a Champions.

— Não era para ser. A vida do atleta é feita de várias etapas e de momentos de aprendizado. Quando olho toda a minha história, de onde eu saí, como começou a minha vida no esporte, eu tinha tudo para não me tornar um jogador de futebol profissional. Eu vejo que eu tive muito mais do que imaginava e me sinto privilegiado de ter participado de um momento tão especial do futebol mundial.

— Acho que muita gente coloca o Real Madrid como favorito, até pela trajetória que eles têm tido e o número de conquistas, principalmente na Champions. Na minha opinião, não existe favorito. São dois jogos dificílimos, que tudo pode acontecer, mas torço para que o Arsenal novamente supere o Real Madrid. Quase 20 anos depois, a vitória pode se repetir, mesmo em épocas diferentes e com momentos diferentes. São duas grandes equipes e acho que todos nós, acima de tudo, queremos dois belíssimos jogos — concluiu o ex-jogador.