A linha de defesa formada por Félix Torres e André Ramalho, embora já tenha jogado junta em outras oportunidades neste ano, bateu cabeça e foi a principal responsável pela atuação ruim na etapa inicial. O rendimento da dupla é um ponto de atenção para a sequência da temporada.
É importante frisar que o Timão teve seis desfalques, cinco deles titulares, para esta partida. O técnico Ramón Díaz não teve sequer um meio-campista armador à disposição e precisou improvisar uma equipe mista, que treinou apenas um dia na preparação para o confronto.
A solução encontrada pelo argentino foi um meio de campo com três volantes (Maycon, Martínez e Ryan) e um ataque com Romero, Talles Magno e Héctor Hernández. A improvisação não deu certo, e o Corinthians apenas foi competitivo após o minuto 60 com a entrada de André Carrillo, Yuri Alberto e Breno Bidon.
Com o trio titular, prevaleceu a qualidade técnica do Timão. O peruano colocou fogo na partida e, antes de dar um passe de muita classe a Matheuzinho na jogada que resultou no gol de empate, já havia criado pelo menos duas chances claras, uma delas finalizada de cabeça por Héctor Hernández.
É inegável que o vencedor do Campeonato Paulista tem um time forte e competitivo para a sequência da temporada. Contudo, considerando a quantidade de jogos, viagens e tempo limitado de descanso e treinamento, é humanamente impossível manter o alto nível de performance em um calendário tão apertado.
As peças de reposição do elenco nem sempre dão conta do recado e, por isso, o Corinthians precisará, muito em breve, tomar uma decisão sobre como gerir o calendário e qual competição priorizar.
Se a Sul-Americana é tão importante como a comissão técnica e a diretoria têm dito nos bastidores, é preciso tratá-la desta forma. Desta vez, o Corinthians se salvou. Como será nas próximas?