Comitê Olímpico do Brasil (COB) realizou a segunda edição do Fórum Mulher no Esporte na terça-feira, apresentando avanços e discutindo saídas para uma maior equidade de gênero no esporte
O Fórum Mulher no Esporte reuniu diversas atletas, treinadoras, gestoras e jornalistas na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro. A iniciativa foi organizada pela Área da Mulher no Esporte do COB, criada em 2022. O evento se consolidou como um espaço de discussão sobre a atuação da mulher em diversas funções envolvendo o esporte.
A primeira edição do fórum, realizada em 2022, contou com a presença de membros do Comitê Olímpico Internacional (COI). Na época, a expectativa da entidade era aumentar o número de treinadoras mulheres no Brasil de 6% para ao menos 10% até 2024.
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Sarah Menezes, técnica da seleção brasileira de judô nas Olimpíadas de Paris — Foto: Miriam Jeske/COB
Segundo a Gerente da Área da Mulher no Esporte do COB, Taciana Pinto, esse número superou as expectativas nas Olimpíadas de Paris, mas é preciso avançar mais. Em 2022, depois do ciclo de Tóquio, apenas 6% dos treinadores do Time Brasil eram mulheres. Já em 2024, esse total aumentou para 13%, alcançando a meta estabelecida pelo COI na primeira edição do evento.
— No primeiro fórum, a área tinha mais ou menos um ano. Cinco anos depois, vemos essa expansão em diferentes modalidades. A gente vê uma movimentação de todo o Movimento Olímpico para que tenha um aumento no número de mulheres. Já vimos o resultado nos Jogos Olímpicos. Em Tóquio, tivemos 6% de treinadoras na nossa delegação. Agora, em Paris 2024, já tivemos 13%. Temos a expectativa de que esses números cresçam ainda mais com essas ações que estamos realizando — analisou Taciana.
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Marco La Porta, presidente do COB, e Yane Marques, vice-presidente da entidade — Foto: Helena Barreto/COB
A mudança mais recente rumo a Los Angeles 2028 foi a chegada de Yane Marques, primeira mulher a assumir a vice-presidência do COB. No cargo desde o início deste ano, a medalhista olímpica destacou a importância do evento e se mostrou otimista para os próximos passos. A expectativa para esse novo ciclo é aumentar ainda mais não só o número de atletas, como também de treinadoras e gestoras no esporte olímpico brasileiro.
— Feliz demais com a realização desse fórum. Esse assunto precisa ser discutido nesse tom educativo, de trocas. Temos plena consciência de que tem um caminho longo para percorrer, mas temos que celebrar as conquistas que tivemos até aqui. O Brasil mostrou que confia na mulher gestora, na atleta. Tivemos uma participação massiva de mulheres em Paris, o COI já fala na expectativa de mais mulheres do que homens em Los Angeles, então vamos somar forças nesse movimento — finalizou Yane Marques.