Porto Velho, RO, 23 de maio de 2025 14:16

Chefe da RBR explica pit stops lentos de Verstappen e Tsunoda

O GP do Bahrein acendeu no último domingo um alerta amarelo na RBR, terceira no campeonato de construtores de 2025. A equipe austríaca teve os discretos sexto e nono lugares de Max Verstappen e Yuki Tsunoda, respectivamente, impactados também por problemas nos pit stops da dupla: uma das trocas do holandês chegou a 6s porque a pistola que confirma a afixação dos pneus não funcionou.
– Ouvi que houve algum tipo de problema elétrico ou de fiação com o sistema. Um problema que eu certamente nunca vi antes, já que os pilotos vivem em função desses indicadores. A luz não apagou, então vamos suspender tudo e vamos dar uma boa olhada nisso. Esperávamos que talvez o botão não tivesse sido pressionado com força suficiente por um dos técnicos. Mas então aconteceu de novo e, nesse momento, entramos em um controle manual do sistema e o mecânico-chefe liberou o carro – explicou o gestor.
A troca de pneus não foi a única dor de cabeça da RBR na corrida em Sakhir, vencida por Oscar Piastri. O time também sofreu com a aderência dos compostos na pista barenita, e problemas relatados por Verstappen em seus freios. O holandês também sofreu com a falta de ritmo quando passou para os compostos duros durante a corrida e não avançou mais que o sexto lugar na prova.

A situação exigiu uma reação imediata do time austríaco: Horner; o diretor técnico Peter Waché; o engenheiro-chefe Paul Monaghan e o conselheiro Helmut Marko se reuniram na hospitalidade da hexacampeã de construtores no paddock do Bahrein por 45 minutos. Marko também foi visto discutindo com o empresário de Verstappen, Raymond Vermeulen.

O receio de esgotar a paciência do tetracampeão, que caiu de segundo para o terceiro lugar no campeonato de pilotos, já aparece na RBR. Embora Verstappen tenha conquistado uma vitória sólida no GP do Japão, etapa que antecedeu a corrida barenita, o time austríaco deduz que as características das pistas possam, às vezes, responder bem ao acerto que escolhem para o carro – mas às vezes, não.

Max Verstappen chegou em sexto lugar no GP do Bahrein da F1 2025 — Foto: Kym Illman/Getty Images

Max Verstappen chegou em sexto lugar no GP do Bahrein da F1 2025 — Foto: Kym Illman/Getty Images

Para Horner, o que tem atrasado a possibilidade do time de tentar melhorar neste início de campeonato é a dificuldade de entender exatamente o problema do RB21, modelo de 2025 da equipe. E isso acontece porque os simuladores do time não têm previsto o desempenho do bólido na vida real.

– As correlações entre o que vemos em nossas plataformas e o que estamos vendo na pista no momento não estão relacionadas, e acho que é isso que precisamos entender: por que não conseguimos ver em nossas plataformas o que estamos vendo no circuito? Quando se chega a uma desconexão como essa, é preciso desvendá-la. Temos uma equipe técnica forte que produziu carros incríveis nos últimos anos e estou confiante de que eles chegarão ao fundo dessa questão. Mas é como ver as horas em dois relógios diferentes – detalhou o gestor.

Fonte: ge