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Comunidades indígenas em Guajará-Mirim (RO) ficam isoladas por seca no rio Pacaás, um ano após cheia histórica

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O rio Pacaás em Rondônia secou e deixou pelo menos 10 comunidades indígenas isoladas em Guajará-Mirim (RO), já que a único meio de acesso – o rio – se tornou inavegável. A seca extrema tem afetado diretamente a chegada de mantimentos e atendimento à saúde. “Não temos combustível, remédios, nem alimentos. Vivemos no isolamento e isso tem se tornado insustentável”, relata Adriano Cabixi, liderança de Pedreira, uma das comunidades afetadas.

Por causa da seca, o trajeto que antes durava 7 dias (ida e volta) de barco até a cidade de Guajará-Mirim (RO) passa a ser feito em 18 dias. Isso porque em boa parte do caminho eles precisam ir a pé, arrastando a embarcação.

O cenário crítico fez com que os moradores de Pedreira viajassem por seis dias até chegar na zona eleitoral mais próxima. No entanto, muitos não possuem embarcações e recursos suficientes para fazer a viagem. Mais de 20 pessoas ficaram sem votar. As quatro comunidades já enfrentaram desafios relacionados a eventos extremos em anos anteriores.

Em 2023, elas foram atingidas por uma enchente histórica que destruiu plantações e forçou muitas famílias a deixarem suas casas. Em 2024 eles passam pela maior seca de Rondônia. “A gente perdeu tudo com a cheia no ano passado e agora passamos pela maior seca. Não sabemos o que está acontecendo” , comenta.

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