Porto Velho, RO, 23 de novembro de 2024 14:39

Uma derrota anunciada e uma vitória impossível (I)

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Lúcio Albuquerque, repórter

A derrota da candidata Mariana Carvalho no último domingo pode ser vista sob diversos ângulos, e não só pelo resultado, para muitos considerado “surpreendente”, e deve merecer uma análise bem apurada dos nossos cientistas políticos e dos jornalistas idem, grupos dos quais não faço parte até porque para tal precisaria ter formação específica e, de outra, em razão de eu sempre ter sido repórter político.

Paulo Queiroz, falecido em 2011, e Carlos Sperança deve ficar com esse bastão que, muito antes, era ocupado pelo jornalista Ary Macedo, também falecido. Instigado pelo meu amigo Abdoral Cardoso, jornalista, vou dizer o que penso.

MARIANA

Creio que participei na empresa do Tonon, do primeiro programa para a TV feito pela então presidente da Juventude do PSDB, ainda adolescente Mariana Carvalho, depois vereadora, duas vezes, na Câmara portovelhense e depois, entre 2015 e 2023, deputada federal. Em 2022 tenta e não consegue ser eleita senadora.

Seu pai foi vereador, senador e vice-governador (1995/99).

LEO

Filho dos ex-vereadores Paulo e Sandra Moraes, os dois em períodos legislativos diferentes presidiram a Câmara de Porto Velho.

O pai foi também deputado estadual.

Leo foi deputado estadual (2015/19). Em 2016 foi candidato a prefeito, mas perdeu para Hildon Chaves. De 2019/23 foi deputado federal.

Em 2016 foi candidato a prefeito, mas perdeu para Hildon Chaves. Em 2022 tentou e não conseguiu ser eleito governador, sendo o último dos cinco candidatos.

MARIANA

Em 2022 Mariana teve mais de 260 mil votos e focou em 2º lugar na disputa da única vaga para o Senado. O vencedor foi Jaime Bagatolli com 30 mil votos a mais.

No primeiro turno deste ano ela fechou o turno com 111 mil votos, 19º a mais que Leo Moraes. Para muita gente o fato dela não ter ganho no turno foi surpresa, tal a estrutura de campanha, diziam, como disseram no 2º turno.

Mas também ouvi, de quem entende do riscado que sua coligação tinha tanto apoio de siglas que parecia mais uma “sopa de letras”, e prenunciavam esses grupos, que ela, se ganhasse, teria dificuldades em acomodar os parceiros.

LEO

Em 2016 Leo Moraes perdeu para seu vizinho de prédio – comentavam que eram “vizinhos de porta”. Àquela altura Leo era deputado estadual, eleito em 2014. Em 2018 foi eleito deputado federal, mas não voltou para a legislatura seguinte.

Este ano perdeu no turno e, de forma surpreendente – impossível – segundo muitos, o nono desde 1985, quando a eleição a prefeito de Porto Velho voltou a acontecer.