Segundo Prevfogo, combate ao incêndio é dificultado pelo baixo efetivo e falta de apoio aéreo.
Há quase duas semanas, um incêndio de proporções significativas assola o Parque Estadual Guajará-Mirim, uma área de conservação em Rondônia. Segundo o Centro Nacional de Prevenção e Controle de Incêndios Florestais (Prevfogo), o fogo já impactou uma grande parte do parque.
Imagens capturadas por satélite e aeronaves revelam a extensão da fumaça e das chamas, indicando os focos do incêndio. A causa do fogo ainda não foi determinada.
O Prevfogo relata a existência de quatro frentes de fogo no parque, mas as equipes de combate estão concentradas em apenas duas, devido à falta de recursos aéreos para alcançar outras áreas.
Inicialmente, uma equipe de doze pessoas foi mobilizada. A escassez de pessoal é apontada como um dos maiores desafios enfrentados pela equipe. Além disso, as operações dos brigadistas estão limitadas ao terreno, devido à ausência de suporte aéreo. Uma solicitação foi feita para o envio de mais doze pessoas para reforçar o efetivo.
Equipes da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), do Batalhão da Polícia Ambiental e da Polícia Militar também mobilizaram recursos humanos e terrestres para auxiliar no combate ao incêndio.
O Parque Estadual de Guajará-Mirim, com cerca de 220 mil hectares, é uma área de proteção integral localizada na zona rural de Nova Mamoré, estabelecida há mais de três décadas pelo Decreto Nº 4.575, de 23 de março de 1990.
Ao longo dos anos, a região tem enfrentado destruição devido à presença persistente de invasores, envolvidos em atividades como extração ilegal de madeira, desmatamento, incêndios, criação de pastagens, caça e pesca ilegal, e grilagem de terras. A preservação do parque é crucial devido à existência de várias espécies da flora e fauna que estão em risco de extinção, quase ameaçadas ou vulneráveis.
Brigadistas atuando no Parque Estadual Guajará-Mirim — Foto: Prevfogo/Divulgação