Porto Velho, RO, 23 de novembro de 2024 00:28

Rondônia registra maior queda de mortes violentas intencionais, mostra Anuário 2024

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O Estado de Rondônia registrou a maior redução no número de mortes violentas intencionais entre 2022 e 2023, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024, divulgado nesta quinta-feira (18) e que compila dados do ano passado. No total, o Rondônia registrou -14,2%, seguido pelo Rio Grande do Norte (-13,9%) e o Estado do Paraná. A média nacional no período foi de -3,4%.

De acordo com o estudo realizado pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o grupo de mortes violentas intencionais inclui os crimes de homicídio doloso, latrocínio (roubo seguido de morte), lesão corporal seguida de morte e casos envolvendo policiais vítimas de crimes violentos ou mortes decorrentes de intervenção policial.

Entre os índices que puxaram a queda está a redução no número de homicídios dolosos, que passou de 551 casos em 2022 para 473 em 2023, variação de -14,2%. É a maior redução do país. O Rio Grande do Sul apresentou redução de 7,1%, enquanto que Santa Catarina teve queda de 4,2%. Além disso, os dados de 2024 já apontam para uma nova redução, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública.

Os casos de latrocínio em Rondônia também tiveram redução de 50%, de acordo com números divulgados nesta quinta-feira (18), passando de 14 vítimas em 2022 para 7 vítimas em 2023.

NORTE E NORDESTE LIDERAM

No caso de Mortes Violentas Intencionais, taxas por 100 mil habitantes, quando observamos os dados desagregados por macrorregião do país, notamos que as regiões Nordeste e Norte continuam liderando o ranking de regiões mais violentas do país.

No Nordeste, a taxa de MVI é 60% superior à média nacional e, na região Norte, 48,8%. Não à toa, são nessas duas regiões em que estão localizados os estados que estão convivendo com um quadro acentuado de disputas entre facções de base prisional por rotas e territórios e, ao mesmo tempo, concentram a maioria dos estados com altas taxas de letalidade policial. Para compreender o que está acontecendo, é preciso olhar esses dois fenômenos de maneira articulada.

Seja como for, é forçoso reconhecer que os níveis de violência do Brasil ainda são bastante altos e, pior, podem estar sendo subdimensionados, relata o estudo.

 

*Com dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024