Documento contém medidas que devem ser adotadas para enfrentar os efeitos da crise.
Em meio à preocupação crescente com a escassez hídrica fluvial que afeta a região, a deputada Dra. Taíssa (Podemos) protocolou requerimento à Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd). O objetivo do requerimento foi solicitar medidas mitigatórias urgentes para minimizar os impactos decorrentes dessa crise.
Em resposta ao pedido da deputada, a Caerd enviou um Plano de Contingência detalhado, delineando as estratégias e ações que serão implementadas para enfrentar os desafios impostos pela escassez hídrica. Este plano visa não apenas assegurar o fornecimento contínuo de água potável à população, mas também promover a conscientização e a adoção de práticas sustentáveis no uso dos recursos hídricos.
A escassez hídrica fluvial tem sido uma preocupação constante para as comunidades locais, afetando não apenas o abastecimento doméstico, mas também atividades agrícolas e industriais. Segundo o boletim hídrico divulgado pela Defesa Civil estadual, o nível do Rio Madeira, em Porto Velho, poderá ficar abaixo da cota de emergência (1,70 metros), até o mês de agosto de 2024.
A atuação da parmlamentar e a resposta da Caerd com um plano de ação demonstram um esforço coordenado para enfrentar essa situação desafiadora. “Estou acompanhando as notícias, e a situação não está nada boa. Enviei um novo requerimento à Caerd perguntando se todas as ações de prevenção que recebemos estão realmente em prática”, expressou a parlamentar.
O Plano de Contingência possui as seguintes medidas preventivas:
Ações de curto prazo:
-Limpeza e desassoreamento nos pontos de captação de água;
-Barramento para a elevação de nível da água nos pontos de captação;
-Monitoramento do nível dos mananciais com instalação de réguas;
-Melhorias emergenciais nas Estações de Tratamento de Água;
-Melhorias nas Estações Elevatórias de Água Bruta;
-Plano de comunicação;
-Programa de redução de perdas;
-Aquisição de reservatórios de no mínimo 500 litros para população de baixa renda.
Ações de médio prazo:
-Captação, alternativas para complementar a vazão de água captada e adutoras emergenciais;
-Perfuração de poços tubulares profundos;
-Tarifa de contingência – aplicação de multa para consumo excessivo da água e desperdício;
-Utilização dos poços públicos de escolas Municipais e Estaduais;
-Operação com carro-pipa;
-Aquisição de grupo gerador para instalação em captações alternativas.
Ações longo prazo:
-Captação de recursos financeiros para construção de novas adutoras em mananciais perenes.
A deputada enfatiza a importância da colaboração entre o poder legislativo e as instituições responsáveis pelo fornecimento de água e saneamento básico. “É necessário o monitoramento contínuo e ajustes rápidos nas estratégias conforme a evolução do cenário climático”, disse. A resposta da Caerd também informou que o plano é acompanhado por um monitoramento rigoroso das redes de abastecimento e dos padrões de consumo. Além disso, ressaltou que é necessário que representantes da Secretaria Municipal, Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental e Caerd, se reúnam para discutir as necessidades de prevenção. “A implementação integral do plano requer a colaboração de diversos setores, visando garantir o abastecimento de água tratada”, informou a Caerd.
O plano também enfatiza que a água está ligada aos estilos de vida, o que demanda estratégias sociais, políticas e econômicas específicas. Então, além das obras necessárias como perfuração de poços e redução de perdas, é fundamental que a população reflita sobre os hábitos de consumo, tanto individuais como coletivos.
A escassez hídrica já tem atingido diversas famílias com a falta de água potável. “Estou recebendo diversas mensagens, e estou buscando respostas. Além de um novo requerimento à Caerd sobre o andamento das medidas, também enviei indicações à Sedam para que haja mais conscientização da população em geral”, expressou a deputada.