Porto Velho, RO, 25 de novembro de 2024 06:17

CPI da Braskem inicia trabalhos sobre tragédia ambiental ouvindo especialistas

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Segundo o relator, o senador Rogério Carvalho (PT-SE), o colegiado irá se aprofundar nos aspectos técnicos para buscar possíveis omissões no episódio de afundamento do solo em Maceió, causado pela exploração de sal-gema

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado que apura os impactos da exploração de sal-gema pela Braskem em Maceió (AL) iniciou os trabalhos, nesta terça-feira (5/3), ouvindo especialistas que acompanham a situação que atingiu cinco bairros da capital alagoana e culminou com o colapso da Mina 18, abaixo da Lagoa Mundaú.

O colegiado ouve hoje o engenheiro civil Abel Galindo Marques, geotécnico e professor aposentado da Universidade Federal de Alagoas (Ufal); o doutor e ativista em ecologia e pós-doutor em meio ambiente José Geraldo Marques, que também foi vítima do esvaziamento dos bairros atingidos pela mineração; e a doutora Natallya de Almeida Levino, professora da Ufal.

“Nós teremos representantes das universidades, que são professores e que devem dar a sua contribuição para explicar com mais detalhes e detalhes técnicos do problema. Isso na terça. Na quarta, nós teremos aqui representantes de órgãos que fizeram estudos e da Agência Nacional de Mineração”, disse o relator do colegiado, o senador Rogério Carvalho (PT-SE).

Na quarta (6), a CPI ouvirá o servidor aposentado da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) Thales Sampaio e o diretor-geral da Agência Nacional de Mineração (ANM), Mauro Henrique Moreira Sousa.

O senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL) afirmou que os especialistas vão contribuir para que a CPI possa chegar às autoridades omissas ou coniventes com a “exploração predatória de sal-gema, que provocou a interdição e esvaziamento de cinco bairros em Maceió e que causou danos em outros ainda não reconhecidos oficialmente”.

“Nós já conseguimos, através do Senado Federal em outro momento, identificar e apresentar um relatório que determinou a responsabilidade de quem fez toda essa exploração e causou prejuízo de rachaduras nas ruas, nas casas e no coração das pessoas. Mas falta também olhar para quem foi omisso, para que tinha o dever de fiscalização e não fiscalizou, para quem concedeu licenças, autorizações, permissões para explorar durante todo esse período ele não vistoriou”, comentou Cunha.