Proposta regulamenta salário, contribuição para a Previdência, benefícios, entre outros direitos; texto será assinado nesta segunda-feira (4/3)
O texto deve reconhecer os motoristas como profissionais autônomos, estabelecendo uma jornada de trabalho de oito horas por dia, podendo chegar a 12 se houver acordo coletivo. Além disso, o salário mínimo para a categoria será definido por hora trabalhada.
Outras regras incluem a contribuição dos trabalhadores para a Previdência e benefícios como plano de saúde e vale-refeição, a criação de sindicatos e garantia de reajuste anual do salário de acordo com o reajuste do salário mínimo.
Salário por hora gera críticas
Duas entidades do setor criticaram a proposta. Em nota, a Federação Brasileira de Motoristas de Aplicativos (Fembrapp) e a Associação dos Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amasp) disseram que a medida é prejudicial aos motoristas, especialmente ao definir o salário por hora trabalhada.
Para a Fembrapp, a remuneração deveria incluir o quilômetro rodado e condições de tráfego, entre outros fatores, e a definição por hora pode levar a jornadas excessivas e permitir a manipulação dos aplicativos pelas empresas para limitar o ganho dos motoristas.
O texto será apreciado pelo Congresso Nacional em regime de urgência, e poderá ser alterado pelos parlamentares.
Fonte: CorreioBarziliense